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UNINASSAU lança plataforma que dará mais celeridade na resolução de casos de feminicídio
Com o intuito de dar mais celeridade na resolução de casos de feminicídio registrados em Pernambuco, alunos do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças, que fazem parte da V3l0z, academia de desenvolvedores da Instituição de Ensino Superior (IES), criaram a ferramenta ‘Sinal Vermelho’. Com esse apoio, o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE) pode agilizar a identificação, o acompanhamento e o julgamento de processos criminais de feminicídios.
Partindo da visão de que os processos de feminicídios no Estado caminham de forma morosa por sua “invisibilidade”, diante de tantos processos que correm no sistema, e em suas mais diversas naturezas, a diretoria da UNINASSAU e do IBV iniciou diálogo com o TJPE em março.
Desde então, a equipe da V3l0z foi acionada e o Sinal Vermelho foi lançado nesta quinta-feira (02). Ele é uma parceria da UNINASSAU com o Instituto Banco Vermelho (IBV), tendo o apoio do TJPE. “Por meio dessa ferramenta, os estudantes demonstraram seu compromisso em fazer a diferença na sociedade. Vivemos em um mundo onde os índices de violência são altos e esse site possui o potencial de contribuir para uma justiça mais rápida às vítimas. Além disso, mostra como a educação é um agente transformador capaz de promover mudanças positivas”, explicou Sérgio Murilo Jr., diretor de Governança Social da UNINASSAU.
Pedro Williams, ex-aluno formado em Engenharia da Computação pela Instituição de Ensino Superior e um dos supervisores do projeto, compartilhou como foi a experiência de participar do desenvolvimento do projeto. “É uma grande satisfação fazer parte da elaboração de uma ferramenta com potencial de ajudar tantas famílias que estão em busca de justiça, utilizando a tecnologia para o bem social”. O site Sinal Vermelho foi criado pela V3l0z, que é formada por uma equipe de seis alunos e, além de Pedro, mais um egresso na coordenação.
De acordo com a presidente do Instituto Banco Vermelho, Andrea Rodrigues, a inquietação pela lentidão no andamento dos casos de feminicídio reflete a angústia das famílias. “Somos sempre procurados diariamente por esses parentes, que suplicam ajuda e justiça. Então, em conversas com o TJPE sobre possibilidades para uma melhor forma de dar visibilidade a estes processos, idealizamos o “Sinal Vermelho”, uma ferramenta simples e extremamente eficiente que inicia aplicabilidade hoje no TJPE e que esperamos que seja usada em todos os tribunais do país”, pontuou.
O presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, destacou o comprometimento do judiciário estadual na luta contra a violência de gênero, bem como o esforço conjunto realizado na identificação dos processos de feminicídio e sua agilização. O magistrado também se colocou à disposição de mais essa ação para reforçar a iniciativa do Instituto Banco Vermelho. “Reafirmo meu compromisso de prestar pronta assistência judicial efetiva às vítimas de violência física e psicológica no âmbito doméstico e familiar”, ressaltou.
Como registrar - Familiares e amigos interessados em registrar casos de feminicídios devem acessar o http://sinalvermelho.uninassau.edu.br/ e preencher as informações necessárias, como número do processo, nome da vítima, ano do feminicídio e nome do responsável pelo preenchimento.
Após cadastrado, cada caso receberá uma cor para indicar se ele é recente ou antigo: branco, de zero a doze meses; amarelo, entre um e quatro anos; e vermelho, acima de quatro anos.